Um oportuno encontro entre psiquiatria, jornalismo e força policial. Assim se apresenta esta série histórica, que narra as origens da ciência forense a partir da investigação de assassinatos em série.
Temporada I
A aliança entre representantes da Igreja e políticos em nome de Deus, da moral e dos bons costumes (qualquer semelhança com o contexto brasileiro atual é mera coincidência) tensiona as cenas diante das chamadas mortes “justificadas”, cedendo espaço ao diálogo entre conhecimento científico e espiritualidade através das provocadoras reflexões preconizadas por Kreizler.
Retrato da desigualdade social de uma época, infelizmente ainda presente em grande parte do mundo, a série nos conduz pela pobreza extrema, levando-nos a uma viagem através do próprio ser.
A cada episódio, enojamo-nos com os atos cotidianos e machistas dos que ainda não se acostumaram a ver uma mulher em posição representativa, e lamentamos profundamente pelo futuro dos rapazes “prostitutos”, maiores vítimas da violência familiar.
Entre um capitalismo decadente e um socialismo emergente, pensamos na linha tênue entre ambos e nos discursos forjados por práticas contraditórias.
Se para descobrir @ autor/@ da “mente alienada”, que está por trás dos crimes sinistros em questão, será preciso pensar como el@, o risco é uma suposta crise de identidade...
- "O mundo é realmente monstruoso?"
Temporada II
Agora a protagonista é a emergente detetive Sara, mulher de coragem, que, a cada instante, tentar romper os padrões impostos.
O laço de amizade entre ela, dr. Kreizler e John, o jornalista, é narrativa paralela, que envolve nossa atenção com aquele quê de melancolia.
Ao longo dos episódios, navegamos pelo lado humano mais obscuro, através da busca pela mente assassina que está sequestrando e matando bebês, supostamente em razão de trauma sofrido em sua própria infância.
- Nosso passado seria capaz de determinar futuras escolhas?
Uma boa pedida de complexidade, reflexão e adrenalina!