Universos paralelos, narrativas dúbias com os mesmos personagens;
Passado, presente e futuro se confundindo diante dos nossos olhos.
Numa série de aventura e suspense, o livre-arbítrio acha-se comprometido pela força de narrativas individuais, interligadas ao longo da história, como sinal do comprometimento coletivo.
Narrativas que se desfazem a cada minuto...
Física Quântica? Magnetismo? Espiritualidade? Naturalismo?
São tantas teorias e conhecimentos imbricados que explicar a essência de Lost se resumiria em multipluralidade, fragmentação, “fractais”, segundo Baudrillard (o autor sempre lembrado).
E no mundo real, alguma experiência “perdida” poderia ser aplicada?
Voltar ao passado? Construir uma nova história? Mudar o rumo das próprias ações?
Algo lembra o Efeito Borboleta, e nesta metamorfose de ideias e sensações, só nos resta refletir, relacionar cenas com o contexto da trama e da vida.
Entre a força da natureza e as surpresas da personalidade, o ser humano trai, muda, aprende, desespera-se, evolui, retroage e segue os labirintos da chamada existência.
Quanto ao livre-arbítrio, dúvidas...
Seria o destino traçado e imutável o grande dono de tudo?
Quanto às escolhas, mera ilusão de liberdade?!
E quanto ao futuro?