No decorrer da apresentação, o ator faz referência à capoeira, culto aos orixás - numa versão contemporânea, como a imagem de Exu de terno e gravata -, além de apresentar a efervescência do frevo em sua pluralidade de cores e ritmo peculiar. Uma maneira de recontar a história do país por meio das danças populares.
Improviso, voz & violão agitaram a plateia que, ao final do evento, esteve no palco estimulando dotes artísticos. Jovens ainda tímidos tiveram a oportunidade de experimentar seus talentos, participando através de comentários e encenações, “experimentando o experimental”.
Nessa noite, doses de alegria e reflexão estimularam sorrisos, instigando a cultura do nosso povo, tão rica, mas pouco valorizada pelos órgãos públicos e pela maioria dos nativos. Verdadeiro e único encontro de habilidades. Vale a pena conferir o espetáculo!
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Cleber Barros foi estudante de história e tem longa experiência como ator, iniciando-se na carreira através dos ensinamentos do professor Mário Silva. Já foi coordenador cultural em Ourolândia e representante territorial da Chapada Diamantina na categoria Culturas Tradicionais. Também residiu no Pelourinho, onde conviveu diretamente com manifestações artísticas de origem afro. Capoeirista, foi aluno do mestre Pastinha, um dos mais renomados da capoeira. Aluno da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Cleber desenvolveu habilidades em diferentes artes: dança, música, artes plásticas, dentre outras. Músico percussionista, o artista também recita e canta, segundo ele, facilidades adquiridas através das aulas de capoeira: “uma arte completa!”, afirma. Figurante de Ò Paí Ó, Cleber tem desenvolvido aptidões no audiovisual, levando para seus espetáculos a riqueza dessa técnica.